Outra cinqüentona

Os louros (ou arrudas) a quem fazQuando, há mais de 50 anos, Adhemar de Barros lançou as bases da doutrina do “rouba, mas faz”, provavelmente não imaginava que esta chegaria robusta ao século 21. Pois na capital deste Brasil varonil muita gente, com destaque para os segmentos “mais educados”, adotou o lema do finado Promessão para defender o governador José Roberto Arruda. O suposto chefe de um suposto esquema de suposta propina não titubeou e embarcou na estratégia. No confuso pronunciamento em que anunciou sua desfiliação do DEM, Arruda denunciou um “triste espetáculo”, “armadilhas”, “insinuações”, “vis expedientes”, “farsa”, mas, para provar que não cometeu crime algum, preferiu recorrer aos “dois mil ônibus novos”, “mil salas de aula” e “duas mil obras em andamento” que marcam “uma gestão que está construindo uma Brasília melhor”.

Uma possível solução para o problema, seguindo essa linha de raciocínio, seria decuplicar o minguado subsídio de R$ 16.099 ora destinado ao ocupante do cargo de governador do Distrito Federal. Com uma remuneração bruta anual superior a R$ 2 milhões, talvez o gestor, sentindo-se devidamente recompensado, se dispusesse a fazer sem roubar. Ou não.

1 Response so far »

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    Olá! Obrigada pela visita à Pausa do Tempo. Thêmis é a deusa da Justição, certo? Nosso país precisa muuuito disso.

    Beijos, tudo de bom


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