Não falar de política em Brasília é como se defrontar com uma equidna voando pela janela e não parar para olhar. Num lugar em que um governador preso por receber maços de dinheiro dá a vez a um ex-aliado que, sob a marca da reforma, acaba declarando apoio ao pai de todos os esquemas, não existe a opção de não ter comentários. A despeito de considerações palacianas em contrário, as coisas aqui são tudo, menos normais. Não pode ser normal, por exemplo, o caradurismo de um cidadão que, depois de décadas de fornicação com o interesse público, surge na TV para, impávido colosso, queixar-se das humilhações sofridas em seu longo martírio. Nem pode ser normal que uma epítome do coronelismo-clientelismo-patrimonialismo-populismo engane tanta gente por tanto tempo.
Eu acredito que pode ocorrer uma mudança. Incrível por incrível…
“Talvez, venham dessas raízes, esse apego e amor intenso por Brasília e nosso povo que me enchem a alma e os sentidos, me tornando escravo do desejo de resgatá-la do caos em que se encontra, preparando-a para o futuro dos próximos 50 anos, com melhora radical na qualidade de vida de nossa gente, principalmente dos mais humildes, que sempre se constituíram a razão maior da minha vida pública.”
Joaquim, marido de Weslian Roriz